EXCLUSIVO: Cachorro Grande lança disco "Electromod", confira aqui


Depois dos lançamentos dos singles Electromod e Tarântula, Cachorro Grande finalmente divulgou o oitavo disco, Electromod, segundo com produção de EduK (leia entrevista aqui)

Lançando uma semana antes do show de estreia, que rola dia 5 no Cine Joia, Electromod conta com 11 faixas inéditas que navegam num mundo ainda psicodélico, porém mais eletrônico do que o disco anterior, Costa do Marfim.



Se no Costa do Marfim eles planaram pelo eletrônico psicodélico, agora eles viajam pelo cosmos com um som ornamentado nas melodias britânicas do mod.

Há dois anos, em um estúdio muito distante...

Cinco brasileiros se lançavam na aventura de uma ousada trilogia musical. As paredes africanas do Kudum, que um dia reverenciaram sessões de gravação de Neil Young e Fela Kuti, testemunharam o nascimento de Costa do Marfim, a primeira grande viagem eletrônica da Cachorro Grande.

Em 2016, uma nova explosão criativa eclodiu, agora em solo brasileiro, e o resultado chegará aos ouvidos dos mortais em julho deste ano em forma de Electromod, o novo disco da Cachorro Grande, o oitavo da carreira dos prestigiados roqueiros.

O som dos sintetizadores continuou fazendo a cabeça do quinteto de Costa do Marfim para cá. O apreço pela loucura e a vontade de seguir em frente e estar diferente não arrefeceram. Era de se esperar, portanto, que Edu K, o inventivo vocalista da banda Defalla, produtor do trabalho anterior, não largasse as rédeas agora.

Edu guiou a gurizada em Electromod até um som poderoso, Kinks, Small Faces, Paul Weller, Stone Roses e The Who misturados com Chemical Brothers e Gorillaz em uma grande paulada. Coincidência ou não, a bússola segue apontando para o Norte, para a Inglaterra. De lá saíram as referências formadoras da Cachorro (entre elas os Rolling Stones, para quem abriram show no início de 2016, em Porto Alegre, feito inesquecível).

“O que mais mudou foi o processo de composição desse disco. Ninguém foi pro estúdio e todo mundo produziu suas demos em casa, já com suas batidinhas e elementos eletrônicos”, explica Rodolfo Krieger (baixo).

O vocalista Beto Bruno exemplifica. “Na faixa ‘Ben Hur’, Rodolfo e eu piramos a tarde inteira fazendo um monte de arranjo de sopro. Voltei pra casa, escrevi uma letra e gravamos. Daí mostramos pro Edu e ele mudou tudo. Na hora até fiquei, ‘Pô, Edu, e as minhas cornetinhas?’ Ele mandou eu enfiar as cornetinhas naquele lugar e disse que era pra eu acreditar que ele ia fazer um troço doido. Ele me surpreendeu, fez uma coisa muito mais legal.”

O big beat se impõe desde o início em Electromod, que não tem faixas tão longas como as de Costa do Marfim, mas compensa na intensidade do ritmo: às vezes sombrio, às vezes dançante. Distorções, riffs e solos no melhor estilo Cachorro Grande estão ali. A mão habilidosa de Marcelo Gross não passa desapercebida em praticamente nenhum momento. Combinado com uma voz de encaixe preciso com o rock psicodélico como a de Beto Bruno, o guitarrista voa impulsionado pelo baixo perfeito de Rodolfo Krieger. Pedro Pelotas (que estreia em uma faixa 100% sua com “De Longe Todo Mundo É Normal”) é uma máquina de surpresas nos teclados e como se já não faltassem batidas, Gabriel Boizinho Azambuja acrescenta baquetas pesadas.

A trama do segundo episódio da trilogia eletrônica alucinógena da Cachorro Grande é ainda mais profunda, senhoras e senhores. Tome bastante fôlego e não volte à superfície antes de conhecer por inteiro esse universo desconhecido.

Confira entrevista com o tecladista Pedro Pelotas (hoje sai mais uma parte, com o Beto):




Ouça Electromod:



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