Com integrantes da formação original, Defalla lança novo disco. Ouça aqui!!

Foto: Raul Krebs

O novo trabalho de Edu K (vocal), Biba Meira (bateria), Carlo Pianta (baixista) e Castor Daudt (guitarra) é um reflexo da conexão da banda com os dias atuais, um apanhado das percepções dos músicos sobre uma sociedade caótica, movida por indivíduos que, cada vez mais, revelam seus lados sombrios. Distribuído pela Deck, Monstro surgiu sem roteiro ou ensaios prévios, os músicos gravaram o material de forma totalmente espontânea em estúdio. É nesse momento que se comprova a mágica entre os quatro integrantes mantida depois de tantos anos.

Musicalmente costurado por influências diversas, o Defalla é um “monstro” no sentido Frankenstein da história. Impactado por todo o tipo de expressão humana, principalmente, por artistas como James Brown, Iggy Pop e David Bowie, o grupo causava estranhamento no público e mídia, em meados dos anos 80, por justamente não se encaixar em nenhum padrão imposto pelo mercado. Não era pop, rock, funk, era tudo junto e misturado. Fugir dos rótulos e ver a arte como algo abrangente, que não pode ser limitada, são as características principais da banda que trouxe ao cenário musical brasileiro referências inéditas em uma era pré-internet.

O grupo, que já dividiu palco com Red Hot Chilli Peppers e Nirvana , não está voltando, ele nunca acabou. O Defalla são os quatro músicos que, com suas peculiaridades, criam um som único que pode ser reconhecido nesse novo trabalho. “Monstro” foi desenvolvido ao longo de quatro anos devido ao conflito de agenda dos músicos e conta com Edu K como produtor. Nele a banda mostra seu lado mais pop temperado com elementos grunge e stoner, gêneros pouco explorados em trabalhos anteriores. Além disso, tanto o funk dos anos 70 quanto a black music permanecem em destaque.




O Defalla manteve a tradição de usar colaborações de pessoas que admiram, e uma delas gerou o nome do disco. O dramaturgo Mario Bortolotto, amigo de longa data de Edu K, mandou algumas opções de letras para a banda escolher. “Monstro” não somente se encaixou perfeitamente à melodia, mas também ao conceito do álbum e da história da banda. Outra participação, essencial para o novo trabalho, foi a do ex-integrante do Defalla Flávio Santos. Conhecido como Flu, o músico gravou a maioria dos baixos de “Monstro” com exceção de duas faixas, “Ken Kesey” e “Timothy Leary”, desenvolvidas pelo próprio Carlo Pianta.

Além dessas participações, Beto Bruno (Cachorro Grande),Pitty  e Humberto Gessinger estão no disco nas faixas Dez Mil Vezes, Delírios de Um Anormal e Timothy Leary.

Dez Mil Vezes
É uma balada clássica, no estilo “It’s Fucking Boring to Death” e “Sobre Amanhã”, fruto da união pop de Edu K e Castor, grande conhecedor do gênero. A letra, uma parceria entre Humberto Gessinger e Edu K, aborda como as pessoas, ainda mais agora com as redes sociais, nunca se mostram verdadeiras ao se relacionarem. O músico integrante dos Engenheiros do Havaí também colaborou com sua voz inconfundível na faixa que conta com influências do soul de Tim Maia e do primeiro álbum solo de Ron Wood, I´ve Got My Own Album. Assim como “Zen Frankestein”, Castor compôs os riffs, acordes e harmonias há mais de 20 anos para seu trabalho solo. Edu K apenas precisou finalizar “Dez Mil Vezes”, que remete aos Beatles e a banda australiana The Church.

Delírios de um Anormal
A oitava faixa do disco é um tributo a um dos principais personagens de terror do cinema nacional, o Zé do Caixão, interpretado por José Mojica Marins. A letra, composta por Edu K e Fábio Pinto, fala de um mundo fantasmagórico, habitado por almas penadas que influenciam e assombram a vida dos vivos. O personagem da letra é o único que percebe essa interação e conexão com o mundo sobrenatural. A participação da cantora Pitty cai como uma luva (de renda preta) nesta faixa de clima stoner e grunge, estilos pouco abordados pelo Defalla até então.

Timothy Leary
A faixa que fecha a trilogia conta com a participação de Beto Bruno, vocalista da banda Cachorro Grande. A banda o convidou devido à sinergia com as influencias que permeiam a faixa, tais como a psicodelia dos anos 60 e Manchester dos anos 90. Também é sobre uma viagem de ácido e como as drogas possibilitam o acesso a outras “portas da mente”, proporcionando descobertas internas monstruosas e assustadoras. “Timothy Leary” foi uma das últimas músicas criadas para o disco, desenvolvida depois das gravações oficiais.




Tracklist:

01 – Monstro (interlúdio)
02 - Monstro
03 – Zen Frankenstein
04 – Dez Mil Vezes
05 - Veneno
06 – The Redundant Master (interlúdio)
07 – Fruit Punch Tears (in The Treasure Hunt)
08 - Delírios de um Anormal
09 – Aldous Huxley 10 – Ken Kesey
11 – Timothy Leary
12 – Love is For Losers
13 – Mate-me
14 – Minha Vida é Uma Aventura Existencial Filmada por Godard
Produzido por Edu K
Mixado por Edu K e Edo Portugal
Masterizado por Felipe Rossi – Estúdio BR Digital
Distribuição: Deckdisc
Defalla é:
Edu K (vocal)
Castor Daudt (guitarra)
Carlo Pianta (baixo)
Biba Meira (bateria)

Adquira ou ouça nas principais plataformas:
- Apple Music
- Itunes
- Spotify
- Deezer
- Naspter
- Google Play
- Amazon

CD físico poderá ser encontrado nas principais lojas de todo o Brasil a partir do inicio de maio – valor sugerido: R$25,00.

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