Bruce Springsteen cancelou um show que faria na cidade de Greensboro, no estado americano da Carolina do Norte. Ele publicou um comunicado nesta sexta-feira (8) sobre o cancelamento, devido à aprovação de uma "lei que ataca os direitos dos cidadãos LGBT". A apresentação estava marcada para domingo (10) e a informação é do G1.
"Como todos sabem, a Carolina do Norte acabou de aprovar a lei HB2, que os meios de comunicação estão chamando de 'a lei do banheiro'. Ela indica quais banheiros os transgêneros estão autorizados a usar. Tão importante quanto isso, a lei também ataca os direitos dos cidadãos LGBT de processar quando os direitos humanos são violados em seu local de trabalho", escreveu Springsteen.
"Nenhum outro grupo de cidadãos da Carolina do Norte enfrenta algo tão pesado. A meu ver, é uma tentativa de pessoas que não suportam o progresso de nosso país em reverter todo esse progresso. Neste momento, existem muitos grupos, empresas e indivíduos na Carolina do Norte que trabalham para se opor e superar esses acontecimentos negativos. Levando tudo isso em consideração, eu sinto que esta é uma hora para que eu e a minha banda mostremos a solidariedade e a defesa da liberdade. Como resultado, e com mais profundas desculpas aos nossos fãs dedicados de Greensboro, nós resolvemos cancelar nosso show".
"Algumas coisas são mais importantes do que um show de rock e essa luta contra o preconceito e a intolerância - o que está acontecendo enquanto escrevo - é uma delas. Essa era a maneira mais forte que tenho para levantar a voz em oposição àqueles que continuam a empurrar-nos para trás em vez de para a frente", concluiu Springsteen.
A HB2, aprovada pelo Legislativo local e promulgada pelo governador republicano Pat McCrory no dia 23 de março, proíbe as localidades da Carolina do Norte de redigir suas próprias leis anti-discriminatórias e obriga o uso dos banheiros públicos de acordo com seu sexo de nascimento, o que incomodou as pessoas transgênero.
A lei está inscrita dentro de uma série de iniciativas similares nos estados conservadores em resposta à decisão de junho de 2015 da Suprema Corte de Justiça americana de legalizar nacionalmente o casamento homossexual.