Tudo indica que Júpiter tenha mais músicas guardadas nas gavetas de estúdios de Porto Alegre e São Paulo do que nos trabalhos que lançou: há pelo menos um disco acústico, outro ao vivo e dois álbuns de inéditas, além de sobras de gravações e composições gravadas com artistas como Rodrigo Pilla e Luis Henrique Tchê Gomes. ZH teve acesso a trechos de seis gravações inéditas, que você pode escutar aqui.
Músicos que conviveram com Júpiter em momentos variados de sua carreira dizem que o fluxo criativo do artista era contínuo e profícuo. O guitarrista Ray Z conta que ele costumava aparecer de surpresa com composições novas. O músico Lucas Hanke, produtor à frente do estúdio Marquise 51 e amigo de Júpiter nos últimos anos, garante que há material a ser descoberto:
– Cara, vai ser tipo o que rolou com o Jimi Hendrix, que morreu há 45 anos e ainda tem músicas inéditas.
Os últimos lançamentos de Júpiter em vida foram as músicas They're All Beatniks e Constantine's Empire – ambas apresentadas como single em 2015. A ideia era lançá-las em um disco folk que já tinha título – Exiled on My Own –, junto a outras 12 músicas gravadas, que estão guardadas nos arquivos do estúdio Marquise 51. A preferência é conversar com a família do músico antes de lançar qualquer material. "A morte do Flávio foi um grande baque para todos e, no momento, estamos preocupados em digerir tudo isso", informa um comunicado enviado a ZH pela produtora.
Há, no mesmo estúdio, pelo menos mais uma obra pronta para ser lançada: um espetáculo acústico chamado They're All Beatniks, com sucessos da carreira do cantor e novas criações. Desse show, pode ser visto no YouTube um vídeo da canção Beatle George.