20 melhores shows com cobertura do site em 2015

Com 86 shows no total, 2015 foi o ano que eu mais conheci bandas novas, presenciei shows e escrevi resenhas para o site, que chega ao seu terceiro ano de vida.
No ano passado foi feita uma lista com os 5 melhores shows vistos por mim naquele ano, e agora essa lista será quadruplicada, com um TOP 15 dos shows nacionais e um TOP 5 dos shows internacionais, que vocês podem conferir abaixo:


SHOWS NACIONAIS


1. Cachorro Grande encerra edição 2015 do Jack Daniel's Saloon 
 

Encerrando a edição 2015 do Jack Daniel's Saloon, os gaúchos da Cachorro Grande fizeram aquele que, entre os que assisti, foi o melhor show de 2015.
Com duas horas de show, ele contou com algumas músicas que até então eram tocadas poucas vezes ao vivo, a primeira delas foi (Os Doces Exóticos de) Charlotte Grapewine, uma das músicas que encerram o disco de estreia da banda, em Lily ocorreu uma verdadeira inversão de funções, como o baterista Boizinho no vocal, o vocalista Beto Bruno na guitarra e o tecladista Pelotas no baixo.
Num verdadeiro ar psicodélico, a banda amplia as durações das suas músicas, com distorções e instrumentais dominados pela guitarra, baixo e pelos dois teclados.



Na melhor versão que já vi dessa música, Helter Skelter foi a escolhida para finalizar o show, com sua "pitada" de Cachorro Grande, que consegue deixar a música ainda melhor do que já é.

Até então, cada show que eu ia da banda era o melhor que eu tinha visto deles, mas isso não aconteceu depois deste show do Jack Daniel's Saloon, que não é apenas o melhor show que vi deles, mas também é o melhor de 2015.


2. Vanguart toca Rubber Soul e outros sucessos dos Beatles no Jack Daniel's Saloon



Ainda dentro da edição 2015 do Jack Daniel's Saloon, a Vanguart foi responsável por inaugurar a edição, no dia em que era dedicado a versões de grandes bandas.

Sendo uma das influências de cada um dos integrantes, a banda escolheu para tocar a disco Rubber Soul, que é conhecido por começar uma segunda fase dos Beatles, onde fizeram músicas mais elaboradas, tanto nas letras, quanto nos instrumentos, onde foi introduzida a cítara pela primeira vez num disco de Rock.




O show em si contou com as 14 músicas do disco Rubber Soul, tocadas com  versões dignas dos Garotos de Liverpool, sendo executadas num alto nível, com muitos solos onde normalmente são tocadas pela guitarra, e nessas versões contavam com o talento e a beleza da violinista Fernanda Kotschak.

Além de grandes sucessos desse disco, o show teve uma segunda parte que passou por diversos discos da primeira e segunda fase da banda, como Don't Let Me Down, All My Loving, Get back, Come Together e outras músicas que inteiraram um show de 22 músicas, maior do que normalmente é um show autoral da Vanguart. 

3.  Selvagens À Procura De Lei no Banana Progressyva 2015



Em uma das edições do aclamado festival Banana Progressyva, Selvagens À Procura de Lei fizeram um grande show, regado a uma explosão de guitarras e baterias.

Mostrando também letras com tom político, como Massarara, Brasileiro e Bem Vindo Ao Brasil, grandes sucessos da banda, o show começa com a primeira citada, que já tem o seguinte trecho "Seu filho está na serra e o meu na favela, seu filho faz direito e o meu faz a guerra".

A última dessas três crítica o
"complexo de vira-lata" dos brasileiros e começa com a seguinte estrofe: “Seja muito bem-vindo ao Brasil / Espero que você tenha o perfil / Aqui estamos em guerra civil / Quem não tiver estômago, abandone o navio”.



Mostrando evolução das suas influências, Sr.Coronel é uma música que começa com um piano que segura o ritmo da primeira parte da música, lembrando de músicas como Love, de John Lennon e também pode ser vista como uma versão brasileira para Eleanor Rigby, escrita por Paul McCartney, nos Beatles.


O baterista também teve vez de se arriscar nos vocais, com um vocal impressionante que transforma em um soul digno de Tim Maia, até pela voz muito parecida do baterista. A música também é uma das que mostram a grande variedade musical dentro da própria banda.

Mucambo Cafundó conta
com um começo que lembra a sonoridade do Arctic Monkeys, a música ainda conta na versão ao vivo com trecho de Geração Coca-Cola (Legião Urbana) e uma Jam session com solos de guitarra, baixo e alguns minutos instrumentais da banda toda.


4.Hammerhead Blues no Superloft





Atração de uma edição especial do Paralelogramo, o Power Trio foi o terceiro se apresntar na tarde/noite do evento que aconteceu no Superloft.

Surpresa da noite, com o volume do baixo no máximo, a baqueta sendo destruída cerca de quatro vezes durante o show mais longo da noite até então, a guitarra regada com diversos riffs, efeitos e trechos instrumentais que unem o bom e velho hard rock a pegada da psicodelia.


Conheça a banda, ouça seu som aqui:


 
5.  Com nova formação, gravação de documentário e clipe, Vespas Mandarinas se apresentou em São Paulo



Com 86 shows no ano de 2015, o mais difícil foi citar apenas 10 shows aqui nesta matéria e deixar de fora grandes bandas de festivais nacionais, como da Rádio Rock, e internacionais, como o Lollapalooza.

Em Julho as Vespas Mandarinas estavam cheia de novidades, se apresentando no formato de power trio (que depois ainda teve a entrada "não oficial" de Nevilton), além de gravação do documentário "Uma banda sem qualidades" e do clipe de A Man Without Qualities.

Com a inclusão dele, diversas músicas passaram a ser iniciadas com um arranjo diferente do original, e neste dia Chuck e Thadeu erraram a letra de O Herói Devolvido diversas vezes, deixando música até mais especial neste dia, fazendo sentido o trecho "Mas no final o que faz falta é o defeito".



O show ainda teve a primeira vez de Estrada Escura, que é composta por Taciana Barros e conta com uma versão ao vivo de aproximadamente 8 minutos, sendo dois deles uma ponte instrumental, regada a muita distorção e psicodelia. Com três guitarristas sendo usadas no show a partir desta música, preferi ela na versão ao vivo do que a versão de estúdio. Vale lembrar que isso é algo que ocorre com grande parte dos trabalhos de qualquer banda.
Antes do show eu fiz uma entrevista, para o documentário que saíra em breve e uma das perguntas era "O que você espera do show de hoje?", eu disse que pela sonzeira da banda e pelo local do show, esse show seria aquele para quem não conhece a banda sair amando ela de lá de dentro. Pois então, foi exatamente isso eu que vi, o local intimista, todas as novidades, participações especiais (a partir de certo momento chegou a ser um quinteto, com 3 guitarristas), a gravação de um documentário, de um clipe e diversos outros fatores fizeram que ao longo desse 1 ano e 8 meses que acompanho a banda, esse seja o melhor show que já vi das Vespas Mandarinas e espero que todos sejam tão bons quanto esse.

6.Paralamas do Sucesso - 30 anos Rádio Rock


Num evento com 10 bandas, para mim Os Paralamas foram quem chamaram mais atenção e mais agitaram o público presente na Arena Anhembi.
Embalando o público com o ritmo contagiante do Ska, o show teve um repertório que passou pelos quase 40 anos de banda, em um "pocket show" com 15 músicas.


Composto por diversos hits, o show teve músicas como Alagados, Ska, Cuide Bem do Seu Amor, Seguindo Estrelas, O Calibre, Meu Erro, Óculos, Lanterna dos Afogados, O Beco, Vital e sua Moto, Aonde Quer que eu vá e versões de músicas como Você (Tim Maia) e Que País É esse (tocada pela segunda vez no dia, com Supla dividindo o vocal).

7. Detonautas no Kazebre


A banda já mostra que se engana quem pensa que a banda ficou "travada" nas músicas melódicas e de letras amorosas lançadas no início da carreira. Depois de seis anos sem um lançamento de disco oficial, ano passado eles mostraram amadurecimento de estilo, riffs, batidas, letras e muito mais, com um disco que se destaca principalmente o Hard Rock e o Punk.
Abrindo o show com a música Forever Alone, cerca de 6 músicas foram tocadas numa paulada só, sem descanso e uma energia indescritível de todos que estavam lá. Como todo show precisa de uma parte "acalmada", para a banda e o público reciclar suas energias, foi a vez de mandar uma sequência mais leve, com Você Me Faz Tão Bem, O Amanhã e Vamos Viver. O destaque dessa sequência foi o lançamento Melhor Plantar O Bem.


Deixando de lado as músicas de autoria própria, o guitarrista Phil soltou sua voz para cantar Highway To Hell (AC/DC) e nas duas músicas seguintes foi a vez de Ivan Sader participar do vocal, juntamente com Tico Santa Cruz em Killing In The Name e Alive. Já a última música de sessão de covers foi Tudo Que Ela Gosta de Escutar.
Uma fã estava com um cartaz que pedia para subir ao palco e Tico concedeu ao seu pedido, mas com o seguinte porém: "Tem que subir no palco para também fazer algo e ela (que ficou uma cara de "vou fazer isso?") confiou no Tico, no público e pulou na plateia, que carregou ela para trás.

Outros dois fãs também fizeram o mesmo,  subindo no palco,  para durante a versão extendida de Outro Lugar, pular no público,  que os carregou. 
A versão extendida ainda deu tempo para que a talvez maior roda punk do show fosse formada.
Finalizando o show com Outro Lugar, o setlist completo foi o seguinte:
  1. Forever Alone
  2. Mercador das almas
  3. Combate
  4. Ladrão de gravata / Que País É Esse?
  5. Rape me
  6. Quando o sol se for
  7. Você me faz tão bem
  8. O amanhã
  9. Melhor Plantar O Bem
  10. Vamos viver
  11. Send U Back
  12. O dia que não terminou
  13. Seja forte pra lutar
  14. Sonhos verdes
  15. O inferno são os outros
  16. Tô aprendendo a viver sem você
  17. Tudo que eu falei dormindo
  18. Olhos certos
  19. O returno de saturno
  20. Highway to hell
  21. Killing in The Name
  22. Alive
  23. Tudo que ela gosta de escutar
  24. Só por hoje
  25. Outro lugar
8. Vivendo do Ócio no Banana Progressyva 2015


Atração do dia, Vivendo do Ócio subiu no palco, começando com Bomba Relógio, que já foi responsável por levar o público a loucura com a música que abre o segundo  disco de estúdio da banda, lançado em 2012.

Depois de mais duas músicas do disco O Pensamento É Um Imã, foi a vez da banda anunciar uma "volta para 2009" com a música Meu Precioso (com o baterista perguntando se já gostamos de alguém que não tivemos a mesma correspondência e o quanto isso é ruim). 


 Sendo  o público que mais dançou e acompanhou as músicas, dentre os (até agora) três shows da edição 2015 do festival, isso também era visto com destaque no hit Radioatividade, grande sucesso da banda, que encerrou a primeira parte do  show.

Anunciando o disco Selva Mundo (que foi lançado dia 11/09), o single Prisioneiro do Futuro foi escolhida para ser a primeira música do novo disco a ser tocada no show.

 
O show ainda teve outras músicas do disco mais novo da banda e teve para a banda uma reação muito positiva do público, pois de acordo com os integrantes, eles não achavam que o público já estaria tão "afiado" nas letras de um disco lançado tão recentemente. 

Vale lembrar a grande repercussão do disco feito com a ajuda dos fãs, no Kickante, mostra o quanto estão conectados com eles, mesmo sendo algo que acabou de sair do forno.O público mostrou ser fiel a banda durante o show todo, entoando em coro tanto as músicas lançadas há uma semana, como os hits ou músicas não tão conhecidas dos outros dois discos da banda. 
Em um show que se via o público dançando e em conexão com a banda durante todas as 18 músicas presentes no setlist (que vocês podem ver qual foi na foto abaixo), principalmente por esses motivos, pode se afirmar que o terceiro show do Banana  Progressyva 2015 foi, até então, o mais enérgico, tanto pelo público, quanto pelos baianos que vão aumentando cada vez mais seu círculo de fãs.

9. Bula no Da Leoni


Apesar de ser o primeiro show da banda, o show Da Leoni foi o mais marcante da banda, na minha opinião.


Tocando na integra todo o disco da estreia do power trio de Santos, o show foi uma "lavagem de alma" para fãs de Charlie Brown Jr., que não viam Marcão e Pinguim (ex-membros da banda) juntos há anos e ainda souberam que o show tem letras como "Ela Nasceu Pra Mim" que foi feita por todos os ex-integrantes do CBJr. e ainda teve presente no público o baterista Bruno Graveto, eterno 03, que só não se tornou baterista da Bula por conta de seu projeto com o Strike.


10. Ludovic no Banana Progressyva 2015




15 anos de estrada, dois discos lançados e metade desse tempo longe dos palcos. Anunciando o retorno há 5 meses, Ludovic escolheu a data de 40 anos do Banana Progressyva para fazerem o show que marca o retorno da banda e o primeiro em 7 anos.

Confesso que só ouvi falar na banda quando anunciaram sua participação na edição 2015 do Banana Progressyva, e por conta disso, não esperava que seria o show com a maior quantidade de público num festival que já contou com Vanguart, Vivendo do Ócio e Selvagens À Procura de Lei.


Além de ser o maior público, também foi o mais participativo, intenso e nostálgico (por como os fãs e cada integrante da banda tratava o show), com um público formado por fãs, amigos, pessoas que ali desejavam muito assistir a um show da banda, depois de tanto tempo, que acompanhavam as letras, que arrastavam fãs por cima delas, que desabafam, e junto com a Ludovic, botavam pra fora sentimentos presos e misturavam isso com a emoção de ver a sua preferida no palco.

Todo esse sentimento era mesclado com o tom de nostalgia que os fãs tinham, relembrando momentos passados de suas vidas, com a energia melhor possível passada por eles, pela banda, que diversas vezes agradecia aos fãs, ao evento e relembrava de momentos como quando começaram no Jardim Ângela e citava fãs (conhecidos por quem acompanha a banda há um tempo) que estão presentes desde o começo, assim como algumas pessoas fundamentais para a mesma.

11. Sioux 66 no Feeling Music Bar



Com músicas do primeiro EP e disco da Sioux 66, a banda era acompanhada pelo público durante muitas das suas músicas, o vocalista mencionava diversas vezes o orgulho que tinha de ver os fãs cantando e sabendo a letra de cada de suas músicas, tanto que que inclusive um fã subiu ao palco, para cantar uma música junto com a vocalista Igor Godoi


Talvez o segredo seja esse: Um vocalista, que além de uma grande voz, saiba liderar e interagir com o público, unido a instrumental que seja um dos melhores do Rock nacional, impressionando e agitando até mesmo quem estava conhecendo a banda naquele momento.

12. Mattilha no Feeling Music Bar


Começando com instrumental que emendava com Feita Pra Mim, que apesar de ser a terceira música do disco lançado em 2014, foi recentemente lançada como single (tocando na Kiss FM) e lançada como clipe que vocês podem assistir aqui.


Também rolando versões, a única versão da noite foi um muito bem escolhido, aplaudidos o ovacionados pela platéia após o anúncio, o cover escolhido foi de Bete Balanço (sucesso do Cazuza/Barão Vermelho), que seguiu com dois grandes sucessos do disco Ninguém É Santo (Blues para Acalmar e Filho da Pompeia,  que entrando no assunto da versões e etc, a música cita algumas de suas referências dentro do rock nacional).


Encaminhando para o fim do show, o Ma Giovananni (criador da Base Rock), participou da música Noites no Bar e antes disso foi tocada uma música que eu aguardava ver há muito tempo.

Quando isso aconteceu, eu simplesmente ouvia e via eles tocando ela, viajando com a emoção que sinto na música que para mim é a com a letra mais profunda do disco, e mostra a essência de composição e do instrumental que é a Mattilha. O  nome dessa música também da nome ao disco de estreia deles, Ninguém É Santo.

13. Far From Alaska no Inferno Club

Foto: Biel Tadeu Fotografia
No dia do meu aniversário, cobri um grande show e conheci uma grande banda. Atração do festivais como o Planeta Terra 2012 e o Lollapalooza 2015, a Far From Alaska reside atualmente próximo do Inferno Club, local onde se apresentaram dia 6/6 desse ano.

Tocando músicas do disco de estreia o som é praticamente uma máquina de riffs criados por seu guitarrista, ainda conta com uma tecladista que também é responsável por grande parte dos guitar slides, uma vocalista que que atingi tons muito difíceis de serem, alcançados por quem é fã da banda, e domina o inglês com maestria, fazem com que não percebamos o sotaque nortista que tem ao conversar ela.
O show começa com um instrumental regado a sintetizador, guitarra pesada (o grupo considera esse o melhor riff que já fizeram), bateria e mostra o que está por vir durante o show inteiro: Só pauleira. Esse instrumental que inicia o show faz parte da música Thievery, que abre também o disco modeHuman (lançado em 2014).




Diversas músicas destacam a qualidade do guitarrista, assim como da voz poderosa da Emmily, que varia entre partes aceleradas e mais lentas dentro da música, Another Round é uma das principais faixas que podem ser usadas como base para mostrar todo o talento que a banda têm.
Deadman é uma das músicas que mais destacam o teclado tocado pela Cris e, pelo menos na versão de estúdio, parece ser também uma menos pesadas do disco. Sendo composta em várias partes, aproximadamente na metade dela é dado destaque para solos de bateria, baixo, sendo a primeira música do disco com esse destaque maior.
Considerada a música "resumo do disco", About Knives começa com uma espécie de sintetizador, teclados, uma leve batida de bateria, riffs de guitarra e já soltando sua poderosa voz poucos segundos depois, talvez o motivo de ser considerado o resumo do disco é ser uma faixa que usa elementos de todas as outras músicas (mesmo não sendo a última do disco). Com o videoclipe gravado em 5 países diferentes, você pode assistir aqui.

14. Esteban Tavares- Passaporte Brazilian Day

 
Por muitos a pessoa mais esperada da noite, Esteban Tavares, subiu no palco apenas com o seu violão e começou o show com Canal 12, música que abre o primeiro disco solo, lançado em 2012. 

Divulgando também o disco Saca La Muerte de Tu Vida, lançado esse ano, foram tocadas as músicas Chacarera da Saudade, Cigarros e Capitais/Pra Ser.


Na segunda parte do seu show reduzido, foi a vez dele tocar e cantar uma bela versão e Michelle (The Beatles) emendada com Tudo Pra Você, seguindo de Segunda-Feira e encerrando com Pianinho (todas essas músicas do disco Adiós Esteban).

15. Preto Massa - Premier 89


Formada pelos músicos da cena mineira Ale Massau (voz), Fabinho Ferreira (baixo), Egler Bruno (guitarra) e Xande Tamietti (bateria) e com um som "porrada" desde a bateria até guitarra e baixo, a banda mistura a pegada groove, fazendo mistura com hip-hop, funk (aquela clássico, americano) e outros gêneros.
Passando desde faixas pauleiras e dignas de um bate-cabeça "monstro" até músicas mais lentas (como Cover de Tim Maia) a banda, que tem integrantes que já passaram pelo Patu Fu e Cidade Negra, impressionou quem estava lá ainda conhecendo o trabalho deles.


SHOWS INTERNACIONAIS

1. Foo Fighters - Estádio do Morumbi

 
Três anos depois, assisti no Sacrossanto a um show que eu esperava desde 2012 e o tempo todo de espera para o retorno dos americanos valeu a pena por cada minuto.
Esse show não somente lidera a lista de melhor show internacional de 2015, como também lidera a lista dos melhores shows que já vi, ultrapassando, pelo menos, os 7 shows que já vi do Deus Paul McCartney.
Divulgando a disco Sonic Highways, a banda começou o show com Something From Nothing e logo na primeira faixa, Dave Grohl escorregou a bateu de bunda no chão, mas passou despercebido por grande parte do público.
Antes de seguir com The Pretender, o público arremessou para o alto papéis vermelhos, dando um lindo efeito visual para a banda, e para o telão, que exibiu essa parte.

Quando Dave  parou um pouco, perguntou para o público se esse era o primeiro show que estavam vendo da banda, após alguns responderem "Sim" ele prometeu que esse seria o melhor show que iriam ver. E de fato foi isso que aconteceu, quem escreveu este texto já viu muitos shows de um Sir. que é idolatrado por Dave Grohl, o Paul McCartney, e pelos efeitos visuais dos telões e todos elementos surpresa, arrisco dizer que Dave tomou o posto de melhor show que vi na minha vida, que até então era do baixista dos Beatles.

Voltando ao show, Dave Grohl disse "Relaxaem, vai ser um noite longa", talvez por conta das músicas ao vivo ser bem maiores que as versões de estúdio, contando com solos de guitarra, coros junto com o público e outras coisas que se não tivessem talvez o show não alcançaria as 2h de duração.


Apesar dos 20 anos de estrada, a banda não canta apenas músicas suas e também gasta tempo entretendo a si próprio, com cada integrante fazendo o solo que desejasse enquanto Dave Grohl apresentava eles e dizia "Quando fazemos um show, a gente gosta de se divertir, então hoje faremos aqui o que quisermos". E foi isso mesmo que fizeram, tocando trecho de Tom Sawyer (Rush) e War Pigs (Black Sabbath) antes de voltarem aos seus sucessos, com Monkey Wrench.

Indo para a plataforma que ia até depois da grade da pista comum, veio uma sequência acústica (que teve um pedido de casamento, entre fãs que subiram na plataforma onde Dave estava tocando, algo que ocorreu durante um show da banda pela primeira vez. Após o pedido, Dave disse: "Agora saiam da porra do meu palco", claro que em tom de brincadeira) e no momento que todas as atenções estavam para para o Dave, um segundo palco surgiu do chão, com toda a banda tocando uma série de 4 covers, entre eles um que Dave  na bateria, e o palco formado no meio da pista Premium. Com certeza esse elemento surpresa deixou todos (inclusive eu) boquiaberto e fez com esse fosse o melhor já assistido pelo público presente no estádio.

Encaminhando para o fim do show, a banda emplacou uma sequência de sucessos e música nova, com All My Life, These Days, Outside (do disco novo), Best Of You e Everlong. Antes dela, ele lembrou do tombo no começo no show, do pedido de casamento, e do povo cantava Best Of You, mesmo após ela terminar (assista vídeo).
Em Best Of You o público entoou um coro "Ooo" e fez Dave dizer "Pare, esta música acabou", lembrando que viria a última música, com outra guitarra e finalizando quase 3 horas de show, com Everlong.

2. The Strypes - Cultura Inglesa Festival 2015


Apresentados por mim no começo de 2013, os irlandeses do Strypes se apresentaram no Brasil 2 anos e meio depois, na 19ª edição do Cultura Inglesa Festival.
Começando com Now She's Gone, o público presente já pode ter uma noção do que estava por vir: Muito riff, solo de guitarra, baixo, gaita e um dos melhores Rythm & Blues dos últimos anos.

A sequência do setlist foi revezada entre faixas do EP 4 Track Mind e o próximo disco Little Victories. as danças com o ritmo da guitarra e solos de gaita em músicas como Cruel Brunnete, I Don't Wanna Know, Three Streets And A Village Green agitava o público durante os solos de guitarra e o público ainda fazia segunda voz em alguns momentos da música.


 Queen Of The Half Crown conta com uma batida mais rap, feita para ter uma interação com o público, que batia palma enquanto ele cantava e iam ao delírio com os solos feitos pelo Josh, integrante mais velho da banda, com 19 anos. 

Mesmo com o público dividido entre pessoas que conhecem e não conhecem a banda, todos dançavam, batiam palma e eram dominados principalmente pela presença de palco do guitarrista Josh (talvez o mais simpático da banda). 


Contribuíram também para agitação do público as brincadeiras e dancinhas entre Ross (que também interagia e conversava com os fãs mais próximos do palco) e Pete (que além das suas brincadeiras, foi na grade até uma fã, pegar um balão do Bob Esponja).

O estilo dos garotos fazia com que todos participassem do show, nos momentos de uma batida feita para bater palma e levava o público ao delírio com os solos de guitarra feitos por Josh, assim como os solos de gaita e as dancinhas feitas por Ross.


 Entrevista com The Strypes



3. Jack White - Lollapalooza 2015


Passando por vários momentos e estilos da sua carreira. No show é possível ouvir desde um Blues com guitarras pesadas e em sua maioria instrumental (que é grande parte do show) até a música Country (com violinos, pianos e Cellos).


Apesar de não ter o tão encontro esperado entre Jack White e Robert Plant, o show ainda teve uma sequência de The White Strypes, com Cannon, Dead Leaves And The Dirty Ground e Screwdriver. Entoado por todo o público, o show foi finalizado com Seven Nation Army, um dos singles mais famosos dele.

Ser um dos maiores guitarristas do mundo e ter uma banda de musicistas que reúnem guitarras, violinos, pianos e cellos em um mesmo show é algo que com certeza me impressionou e fez ser o show da noite. Como não consigo ter palavras para descrever o quão incrível é esse cara esse banda no palco, assista ao show dele (no Lollapalooza Argentina 2015) logo abaixo e tire suas próprias conclusões.

4. The Last Internationale - Premier 89  


Se apresentando pela primeira no Brasil, a banda está divulgando o lançamento do seu disco de estreia, intitulado We Will Reign e lançado em 2014. Composta por Delila Paz e Edgey Pires, eles abriram a turnê de Robert Plant em 2014, quando tiveram Brad Wilk (que agora está em turnê com Smashing Pumpkings) na bateria.



Com letras socialmente conscientes e performance ao vivo explosivas, a banda de Hard Rock norte-americana não se prende apenas nesse estilo. Levando como influência nomes como Bob Marley, Public Enemy,  RATM, Bob Dylan (tendo um momento onde ela trocou seu belo baixo, se envolveu em uma bandeira do Brasil e alternou entre sua voz e sua gaita, que ficava fixa na direção da boca).

Além da guitarra a bateria dominada com maestria, a vocalista multi-instrumental (durante o show ela toca baixo - em um bandolim - violão e gaita), alcança com sua voz tons muito difíceis de serem alcançados (veja vídeo em melhor qualidade AQUI).

5. Kasabian - Lollapalooza 2015 


Sendo a grande atração do palco do Onix do primeiro dia, Kasabian se apresentou para um publico que invadiu a pistas, gramados, morros e todos os locais que tinham visão para o palco.

Com grande presença de palco, o vocalista (assim como outros membros) tomou conta da platéia, que não tinha ninguém parado. O público, que entoava coros junto com a banda, e cantava sozinho as letras quando a banda pedia, estava totalmente sintonizado com o show.

Como show sendo mesclado entre lados B e os singles mais famosos da banda, o setlist completo foi o seguinte:




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