O streaming permite ouvir música online sem suporte físico (discos) nem precisar guardar arquivos mp3 no computador (download). Desta forma, é possível ouvir uma canção enquanto ela é baixada da internet. A renda de anúncios do YouTube e de assinatura de serviços como Spotify, Rdio, Deezer chega cada vez mais ao Brasil.
Serviços de música online são luz no fim do túnel da indústria, afetada pela pirataria desde o início dos anos 2000. Dentro do campo digital, o streaming já rende mais que o download pago no Brasil. Não é por acaso que a Apple, que entrou no mundo da música apostando em vender faixas baixadas pelo iTunes, lançou o serviço de streaming Apple Music.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre a virada do streaming:
O uso de streaming no Brasil é maior entre os jovens de 15 a 24 anos, diz o estudo ConsumerLab Infocom 2014. A pesquisa foi feita com 3 mil pessoas pela Ericsson no Brasil. Segundo o levantamento, 69% dos internautas disseram fazer streaming de música em 2014. Em 2013, eles eram 59%.
Os dados indicam que sim. No ano passado no Brasil, a renda com discos caiu 15%, enquanto a digital, já liderada pelo streaming, subiu 30%. O rendimento total do setor, que também inclui execução pública e direitos autorais, subiu 2%, e ficou em R$ 581,7 milhões. A ABPD não liberou os números exatos do início de 2015, mas confirmou a liderança do setor digital.
"O potencial do streaming é enorme no Brasil. Temos uma base de cerca de 60 milhões de smartphones, em expansão, e população cada vez mais conectada. O streaming pode ser a principal forma de consumo de música nos próximos anos", diz Paulo Rosa, presidente da ABPD. A entidade reúne filiais brasileiras das maiores gravadoras do mundo.
Ainda não. A própria ideia do streaming ainda é nova, tanto que alguns usuários acham estranho o conceito de "alugar músicas" mesmo tendo dezenas de milhões de músicas à disposição. "Você vê espertinhos falando: 'Legal, vou assinar um mês, baixar tudo e deixar de assinar depois'. Mas não funciona assim", diz Mathieu Le Roux, diretor do Deezer no Brasil.
Nas ruas, o YouTube é de longe o serviço de streaming mais reconhecido. Mesmo sendo gratuito para o ouvinte, ele gera cada vez mais dinheiro à indústria, via anúncios pagos no site. Os serviços por assinatura ainda não são reconhecidos por todos, mas crescem cada vez mais.
Apesar do crescimento, o streaming ainda é novo, e não eliminou de vez a pirataria nem redimiu a indústria. A maior bronca vem de artistas, como Taylor Swift e o grupo Procure Saber (Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros). Eles dizem que o repasse da renda tem sido injusto. As empresas respondem em uníssono às queixas dos músicos: quanto mais o streaming crescer, mas retorno para todos.
"O grande desafio é convencer o consumidor, especialmente mais jovem, que o mercado de streaming tem um custo/benefício excelente e que vale à pena pagar, ainda que pouco, pelo acesso irrestrito a qualquer música, em qualquer lugar e a qualquer hora", diz Paulo Rosa. Ele exalta tanto o modelo baseado em acesso gratuito bancado por publicidade, caso do YouTube, quanto os serviços bancados por assinaturas.
Leia a matéria completa e assista ao vídeo no site do G1.