A espera será de angustiantes 18.307
dias. Entre o distante 22 de março de 1963, quando “Please Please Me”, o
álbum de estreia dos Beatles, chegou às lojas da Inglaterra, e o tão
sonhado 4 de maio, data em que subirá, pela primeira vez num palco em
Belo Horizonte, Paul McCartney se transformou no mais bem sucedido
compositor da música pop mundial.
A recompensa para uma espera tão longa
virá em grande estilo. A capital mineira foi escolhida como palco para a
estreia mundial da nova turnê, “Out There”, honra inédita para uma
cidade da América do Sul. Nas duas últimas tours do beatle, o ponto de
partida havia sido os Estados Unidos, em palcos como o estádio do New
York Yankees, o famoso clube de beisebol.
Em Belo Horizonte, McCartney terá duas
datas importantes para comemorar, e que vão influenciar no repertório da
nova turnê: os 50 anos do primeiro álbum dos Beatles e as quatro
décadas de “Band on the Run”, um marco da carreira dos Wings, grupo que
formou após o fim dos Fab Four.
Mas o próprio beatle admite que criar um
novo repertório é sempre difícil, já que muitas canções são
obrigatórias. “Existe uma lista de músicas que não dá para deixar de
fora, como ‘Let it Be’, por exemplo. São as canções que sabemos que o
público gostaria de ouvir. Depois, pensamos nas músicas que podem
surpreender quem estiver no show e, por fim, completamos com as canções
que nós queremos tocar, que gostamos mais”, disse McCartney, em uma
entrevista recente.
Ensaio
Um dia antes de tocar para as mais de 50
mil pessoas que, em poucas horas, esgotaram os ingressos para a
apresentação no Mineirão, Paul McCartney fará um show com os portões
fechados no Gigante da Pampulha. Como se trata da estreia mundial da
turnê, o beatle pretende realizar testes para evitar imprevistos.
Alguns privilegiados devem acompanhar a apresentação. Jornalistas brasileiros e internacionais devem estar entre os convidados.
Assim como nas duas últimas turnês, o espetáculo terá duração aproximada de três horas, e um setlist de quase 40 canções. Nada mal para um senhor que está prestes a completar 71 anos de vida.
Lista de exigências tem chef particular, frutas e até vinho tinto francês
O status de compositor de maior sucesso
da história da música pop garante a Paul McCartney alguns privilégios,
especialmente no momento de exigir o que deve conter e o que está
proibido em seu camarim.
Apesar de não fazer pedidos absurdos como
alguns astros internacionais, McCartney tem uma lista rigorosa com os
produtos que consumirá antes de subir ao palco em Belo Horizonte, no
próximo dia 4. Vegetariano convicto e atuante, qualquer tipo de carne
está vetado. Móveis forrados com couro ou materiais que imitem pele
animal também estão barrados.
Especificamente, os móveis e carpetes do camarim têm de ser de cores neutras e claras, mas nunca o branco.
Segundo a organização do show do dia 9 de
maio, em Fortaleza, o beatle trará ainda ao Brasil um chef particular,
que contratará profissionais locais para comprar frutas, legumes e
verduras frescos.
O camarim deve ter vinho tinto francês,
chá inglês da marca PG Tips, leite de soja, mel orgânico, limão e
gengibre, águas Fiji, frutas orgânicas, seleção de nozes orgânicas,
bagels e marmite, um tipo de pasta britânica.
Paul também demonstra preocupação com a
segurança. Antes de cada apresentação, equipe com cães farejadores
costuma percorrer o local à procura de bombas e outros artefatos
explosivos. O beatle desembarca na sexta-feira (3), e deixa BH no
domingo (5), um dia depois do show.
Comentário: Paul, quer um motivo maior que este para você tocar PS. Love Me Do ou Please Please Me ?
Fonte: Beatles College