Às vezes,
o Universo se movimenta para que as coisas possam dar certo. Porém, o processo
nem sempre vem em uma ordem lógica e simples.
O
astrólogo e fundador dos Engenheiros do Hawaii, Carlos Maltz, dificilmente
conseguiria prever o roteiro que os senhores do acaso resolveram dar para a
gravação de FOLIA DE REIS.
Há tempos
a antiga canção dos Baianos & Novos Caetanos já fazia parte dos planos de
Maltz. Tanto que estava na demo do seu
primeiro disco solo. Porém, acabou ficando fora do Farinha do Mesmo Saco. "Achei que não tinha muito a ver com as outras naquela época", diz. O ano era
2001, Maltz não sabia, mas passaria mais de uma década sem entrar em estúdio.
Mudou-se para a capital federal, onde cursou psicologia e escreveu dois livros.
O retorno
aos estúdios aconteceria no interior do Paraná. Longe demais das capitais, na
cidade de Londrina, Maltz encontrou uma turma interessada no que ele tinha para
cantar. Era hora de gravar novamente. Com a colaboração de um talentoso time de
músicos e a cuidadosa produção de Julio Anizelli e Caio Freitas, nasceram "Lanterna na Proa" (2015) e "Vícios de Linguagem" (2016).
Nesse meio
tempo, Maltz gravaria sua bateria no disco do amigo el escama (no mesmo
estúdio) e, quis o destino que o registro desaparecesse. Uma nova viagem foi
necessária para regravar e, nesse meio tempo surgiu a ideia de gravar FOLIA DE
REIS. A bateria foi captada no sábado, 12 de agosto e a voz estava marcada para
o dia seguinte, dia dos pais. Durante a madrugada, Leão Maltz, pai de Carlos e
dono da garagem onde os Engenheiros fizeram seus primeiros ensaios, nos
deixaria.
Carlos
Maltz fez questão de gravar a voz naquela mesma manhã.
A gravação
do restante dos instrumentos estava programada para dezembro, mas uma
desistência abriu uma vaga no estúdio para o dia 11 de novembro. Aqui o
A-Caos-O voltaria a aprontar. Maltz acabava de marcar palestras em Curitiba e Maringá, portanto, ficaria
fácil acompanhar as gravações em Londrina, cidade que receberia um show do velho parceiro, Humberto Gessinger, no mesmo
dia.
O convite foi feito, Gessinger topou e, na tarde de um
cabalístico 11/11, gravou seu baixo e sua voz para a música. Era a primeira
colaboração da dupla em uma década.
Ouça aqui:
Ficha
técnica
Composição:
Chico Anysio e Arnould Rodrigues.
Carlos
Maltz: Bateria e voz.
Humberto
Gessinger: Baixo e voz.
Diogo
Burka: Violão e guitarra.
Osmani Jr:
Guitarra solo.
Leo TT:
Teclados.
Gisele
Silva: Vocal.
Gravado,
mixado e masterizado no Plugue! Estúdio (Londrina-PR).
Produzido
por Julio Anizelli e Caio Freitas.
Produção
executiva: Victor el escama e Ian BG.