Entrevista com Flávio Guarnieri

Foto: Johnny Macedo
Como e quando você entrou no meio musical?

Não sei te dizer quando, nem como. Aos 5 anos fui mascote da fanfarra do colégio em que eu estudava, talvez esse seja o marco inicial. Depois me interessei pelo Rock n' Roll, guitarra elétrica e a vontade de ter uma banda com os outros garotos da escola...


 Por que escolheu o baixo?

Comecei tocando violão e guitarra. Em 2004 pintou a oportunidade de fazer um teste para um banda legal da época, só que a vaga era para baixista. Fui convidado à fazer o teste, por que os caras da banda sabiam que eu tocava algumas músicas deles. Acabei ficando coma vaga e pegando gosto pelo instrumento.   

 Toca mais algum outro instrumento? 

Toco violão, guitarra um pouco de trompete. Recentemente comecei a arranhar as teclas, devido a facilidade para compor e produzir através de um controlador midi.  

 Quais baixistas você leva como influência e o que anda ouvindo atualmente?

Tenho como influência Paul McCartney, Bill Wyman, James Jamerson, Bootsy Collins, Sting, Paul Simonon, Bi Ribeiro… A lista é vasta. Ultimamente tenho escutado bastante música negra americana. Coisas da Motown, Stax, RCA... Rap dos anos 80 e 90.  

  Conversamos algumas vezes sobre Beatles, Paul McCartney e etc. Ele é seu Beatle preferido? Se sim, por que?

Sem dúvida, Paul McCartney é o meu Beatle preferido. Me identifico com ele, por ser baixista, pelas composições, carisma, carreira... 

 Qual a música favorita dele e por que?

Atualmente estou numa fase 80's com o Paul rs. No More Lonely Nights do álbum Give My Regards to Broad Street tem sido minha preferida dessa época. Mas definitivamente Nineteen Hundred And Eighty Five é a minha música favorita.

Dentre essas várias tatuagens, tem alguma relacionada aos Beatles e a música?

Nenhuma relacionada aos Beatles, ainda! Fiz minha primeira tattoo  aos 14 anos e foi uma homenagem ao Slash, meu guitarrista preferido na época. Tatuei o logotipo de sua banda, Slash's Snakepit. 





  Por quanto tempo você tocou no Sugar Kane e como foi essa passagem pela banda?

Toquei por exatos 4 anos e minha passagem pelo Sugar Kane foi muito massa. Tenho ótimas lembranças de tudo que rolou no período em que estive na banda. Ainda somos bem próximos, cheguei a dividir o palco com eles algumas vezes, mesmo depois da minha saída.   


  Como foi o processo de entrada nas Vespas Mandarinas?

Em 2010 o SK planejou fazer uma turnê pela Europa. Decidimos fcida lançar um novo EP para essa tour e convidamos o Chuck para gravar e produzir esse material. Nesse mesmo período, entre as gravações e a turnê os antigos integrantes haviam deixado o Vespas e logo que voltamos de viajem,o Pindé foi convocado à assumir as baquetas e eu os graves da banda.

 O Animal Nacional foi indicado ao Grammy Latino, como você recebeu essa notícia? 

Recebi a notícia sobre a indicação pela internet. Talvez por um tweet.
Foi muito massa! Acredito que o Grammy é o reconhecimento máximo, artístico e profissional que um músico/banda latino-americano possa ter.

 Em 2014 as Vespas Mandarinas tocaram no Lollapalooza e o Circuito Banco do Brasil, como foi tocar nestes festivais?

Foram ótimos shows! 2014 foi um ano muito bom para o Vespas Mandarinas.


 Qual a diferença de tocar em locais com um público tão grande e em locais com um menor público?

A diferença é a proximidade com o público. Quando se toca em grandes shows ou festivais geralmente a estrutura cria uma certa distância com o pessoal que está ali prestigiando o show. Em clubes e bares o clima é mais intimista, cara a cara.    

 O anúncio da sua saída das Vespas Mandarinas foi um baque para muitos fãs e uma surpresa para todos, pode falar para nós sobre as coisas que levaram a isso? 

A minha relação com o Vespas Mandarinas era unicamente profissional. Ao meu ver, a minha saída foi uma decisão tomada devido ao momento em que a banda está, a reformulação do line up para um trio e a busca por outra sonoridade.

 Apesar da sua saída da banda, você ainda estava nela quando lançaram o EP "O Ovo Enjaulado", sabe a razão desse nome?

Sei muito pouco sobre esse projeto, na verdade, nada rs. Quando ele foi lançado eu já não fazia mais parte da banda, acredito que ainda não tinham anunciado a minha saída. 

 Quais são seus projetos atuais?  


Atualmente me dedico ao áudio, estou compondo e produzindo algumas músicas. Fazer isso sozinho é algo totalmente novo para mim, começou como um exercício que se expandiu para outras possibilidades e habilidades artísticas. Dentro do que eu acredito os resultados tem me agradado bastante! 

Tenho promovido pequenos projetos com alguns amigos músicos. Nos juntamos, escolhemos um tema e decidimos o repertório com base nos artistas e músicas que mais gostamos relacionados a ele. 

Também acompanho um grande guitarrista em seu projeto instrumental, Fil and The Guitar Gun. O Fil compõe, arranja e produz temas inspirados na cultura Western e em antigos filmes de Bang-Bang. 

Também toco em um projeto bastante animado que é o I. N. E. U. K. Trata-se de um karaokê onde as músicas são executadas por uma banda ao vivo, faz bastante sucesso na noite paulistana. Atualmente somos residentes no Mandíbula Bar no centro da cidade. 

Que mensagem gostaria de deixar para os seus fãs, das Vespas Mandarinas e leitores do site?  

Elio, muito obrigado pelo espaço e oportunidade de falar um pouco sobre o meu trabalho. Quanto aos fãs e amigos, só tenho a agradecer. Obrigado pelo apoio e carinho e que sempre tiveram comigo!  

Flávio Guarnieri participando do DVD Santa Paciência,  comemorando 15 anos do Sugar Kane:




Último registro de Flávio Guarnieri pelas Vespas Mandarinas:



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1 Comentários
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  1. Flavinho é um querido! Muuuito sucesso pra ele!
    Parabéns pela entrevista Elio!!

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