Black Sabbath surpreende cerca de 70 mil pessoas durante apresentação em SP

Show que superou todas as expectativas, assim pode ser definido Black Sabbath em São Paulo

Pela primeira vez, Ozzy e Black Sabbath se apresentam em turnê no Brasil. Depois de 43 anos desde a fundação da banda, a apresentação no Brasil do Sabbath sem o Ozzy, e de Ozzy na carreira solo, finalmente podemos conferir um show com Ozzy, Tony e Geezer no mesmo palco, podemos dizer que somos privilegiados, porque dificilmente veremos mais uma vez um show como esse.

Agora vamos ao show: Os portões da Pista e Prime foram abertos ao público respectivamente às 13h e 14h, muito cedo para um show de abertura que começou às 19h45, mas nada que criou problemas para com uma visão ruim.

O show de abertura ficou por conta da banda "Megadeth", e isso ajudou a ter um público tão grande. Tinha gente que foi apenas pelo Sabbath, outras pelo Megadeth, e outros pelas duas bandas.

A qualidade do som do Megadeth, ao meu modo de ver estava ruim, não conseguia ouvir com clareza os instrumentos e o vocal, liderado por Dave Mustaine.

O show do Megadeth foi curto, mas muito bom, e do jeito que o Mustaine, apenas as músicas mais pesadas estavam no setlist, que foi este:

1 – Hangar 18
2 – Wake Up Dead
3 – In My Darkest Hour
4 – She-Wolf
5 – Sweating Bullets
6 – Kingmaker
7 – Tornado of Souls
8 – Symphony of Destruction
9 – Peace Sells
10 – Holy Wars… The Punishment Due

O show do Black Sabbath estava programado para começar às 21h45, mas 40 minutos antes, já se ouvia a voz de Ozzy Osbourne, segundos antes da banda entrar no palco, e iniciar o show com "War Pigs", faixa de 8 minutos, que não só abre o show, como também abre o disco "Paranoid", lançado em 1970, e nos primeiros acordes, já levou todos a loucura, não acreditando que estava vendo o Black Sabbath com Ozzy no vocal.

Ozzy, maluco como sempre, ria inúmeras vezes, soltava gargalhadas, jogava água em seus cabelos, ao longo do show... Ele também se mostrava brincalhão, quando várias vezes do show "orquestrava" como um maestro os coros da platéia, durante solos de guitarra, com coro entoado no ritmo, ou no intervalo entre o início de alguma música.

Disse que esse foi o show que superou todas as expectativas porque muita gente esperava ele fraco, com a voz ruim, a banda não tão boa como há 40 anos, e diziam estar lá apenas pela história da banda, não pelo seu momento atual, mas o que me impressionou foi a voz do Ozzy soar como se fosse das gravações de estúdio, de 40 anos atrás, a única coisa que eu questionava era a quantidade de músicas do show, mas chegando no fim dava pra perceber que Ozzy já estava cansado, desafinava, e não é por menos, pois são 16 músicas de quase 08 minutos cada.

O único intervalo grande para o trio original do Sabbath, foi quando o baterista se inspirou em um solo incrível, que parecia não ter fim, mostra que foi escolhido a dedo pela banda para substituir o Bill, o baterista da turnê, Tommy Clufetos, já foi baterista de Ozzy na carreira solo e caiu perfeitamente junto com Iommi na guitarra com seus solos pesados, e o talento nato de Geezer, provando isso na música "N.I.B", com um solo de baixo.
Todas as músicas são apenas da fase entre 1970-80, época de Ozzy, e do último disco, lançado esse ano.

CURIOSIDADE: A banda juntou no show as músicas de um mesmo disco em blocos: foram duas seguidas de "Vol. 4", três de "Black Sabbath" e outras três de "Paranoid".
A turnê "Reunion" ainda passa por Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Confira fotos do show aqui.

"War Pigs"